Fim do "Hack-a-Player"?

NBA pode finalmente mudar regra sobre faltas intencionais


A NBA parece inclinada a finalmente acabar com as faltas intencionais em jogadores com fraco aproveitamento nos lances livres, o hack-a-player.

“Estou cada vez mais com a ideia de que vamos analisar e fazer algum tipo de mudança nesta regra neste verão”, declarou o comissário da NBA Adam Silver.

Silver, até o momento, mantinha uma posição neutra em relação aos times que se utilizavam da estratégia.

“Mesmo para aqueles que não queriam uma mudança, nós estamos a ser forçados a isso por conta dos técnicos que, compreensivelmente, estão usando todas as táticas disponíveis a seu favor”, continuou Silver. “Não é a forma que queremos que o jogo seja disputado”.

Nesta temporada, a estratégia foi utilizada aproximadamente 300 vezes, um número bem maior se comparado com a temporada passada, que no total teve 164.

DeAndre Jordan, Andre Drummond e Dwight Howard lideram a lista como os jogadores que mais faltas sofrem.

NBA muda regras sobre o “Hack-a-Shaq”


A NBA anunciou nesta terça-feira (12) mudanças em três regras para faltas defensivas feitas fora da bola (away-from-the-play, como chamadas pelos norte-americanos), especialmente para aquelas caracterizadas como “Hack-a-Shaq”, faltas propositais em cima de jogadores com baixo aproveitamento na linha do lance livre.

Ainda que mudanças radicais não estejam nos planos da liga em tão pouco tempo, foram feitos três ajustes significativos, segundo Steve Aschburner, repórter que escreve para o NBA.com:

– A atual regra para faltas fora da bola nos últimos dois minutos do quarto período (e nos últimos dois minutos de qualquer prorrogação) – a qual dá ao time que sofreu a infração o direito a um lance livre mais a posse da bola – será estendida para os últimos dois minutos de cada um dos períodos de jogo.

– Em situações de reposição de bola, uma falta defensiva, em qualquer altura da partida, que ocorra antes que a bola seja passada pelo cobrador (incluindo faltas propositais e ocasionais, como um defensor tentando se desvencilhar de um bloqueio, etc.) será administrada do mesmo modo que uma falta fora da bola nos últimos dois minutos de um período, isto é, sendo punida com um lance livre mais a posse ao time que sofreu a infração.

– Regras para faltas flagrantes serão usadas para prevenir excessos e situações perigosas em casos de faltas mais pesadas. Por exemplo, será considerada falta flagrante quando um jogador pular sobre as costas do adversário para cometer uma falta de maneira deliberada. Antigamente, essa situação era passível de falta flagrante, de acordo com a interpretação do árbitro, mas agora ela será automática.

As faltas propositais rondam os jogadores com baixo aproveitamento no lance livre desde muito tempo, mas apenas a partir da gestão do comissário Adam Silver que a prática tem sido condenada e há a procura de ajustes para amenizar essa situação.